domingo, 27 de junho de 2010

o artefacto: a viagem, capitulo 5

Robert finalmente acordara mas ainda não conseguira recuperar totalmente a sua visão.
Via as coisas meio desfocadas devido ao impacto da sua queda no chão.
Mas algo no ar estava estranho, parecia sentir cheiro a queimado como se algo estivesse naquele momento a arder.
Tentou se concentrar para recuperar a sua visão e com algum esforço conseguiu.
Começou a olhar em volta e o que viu deixou-o chocado, todo o barco estava em chamas e a começar a cair aos bocados.
Robert ficou com a sua adrenalina ao máximo ao ver aquele cenário de destruição.
Tentou logo de seguida levantar-se embora tenha sido em vão pois lembrou-se que estava amarrado.
Robert tentou lembrar-se do que tinha acontecido.
Lembrava-se da luta com os homens e de estar a ser amarrado e finalmente ser mandado contra o chão onde perdeu a consciência.
Logo os pensamentos se perderam pois Robert tinha de arranjar forma de desamarrar as cordas para poder sair dali.
Olhou em volta e viu as lâminas que lhe tinham mandado.
- Se forem afiadas o suficiente talvez consiga romper a corda – pensou Robert.
Então arrastou-se lentamente para o sítio onde elas estavam.
Finalmente chegou ao pé delas e tentou apanha-las com a ponta dos dedos.
Após algumas tentativas conseguiu apanhar a lâmina que estava caída no chão.
Parecia-lhe suficientemente afiada para romper a corda.
Enquanto a rompia ia-se questionando sobre a entidade dos homens que o atacaram.
- Não podiam ser os Antique, a única hipótese é ser outro grupo mas quem? E atrás do quê? Do mesmo que eu? – Pensou Robert não encontrando respostas para as suas perguntas.
Uma grande explosão vinda do fundo do barco sobressaltou Robert, fazendo-o romper a corda mais rápido, não podia perder nenhum segundo.
Após levantar-se viu mais uma explosão, só que esta estava mais próxima dele.
Robert apressou-se para o seu quarto para ir buscar a sua mochila pois era lá que estava o mapa que o levaria ao Scion.
Começou a correr e mais uma explosão aconteceu.
Robert começara a pensar se sairia do barco com vida.
Chegara á porta que o levava ao corredor onde estaria o seu quarto, entrou e o que viu foi apenas fogo, chamas abrasadoras que não teriam piedade por quem lhes tocasse.
Robert observava tanto o corredor como as chamas, tinha de encontrar uma forma de passar por elas.
Não poderia sair dali sem o seu mapa e material de pesquisa.
Ao observar bem o terreno notou uma pequena parte do chão que o fogo não cobria mas que seria uma loucura tentar passar por ali.
Robert ponderou algumas vezes no que iria fazer ate que decidiu tentar.
Ganhou balanço, correu e saltou.
Sentiu o calor das chamas a passar pelo seu corpo enquanto saltava lado a lado com o fogo.
Conseguiu chegar ao outro lado aterrando a pés juntos.
Observou o corpo, estava intacto sem ser umas fagulhas na sua roupa.
Sacudiu-se e voltou a correr com o seu quarto na mente.
Para todos os sítios que olhava só via destroços e chamas.
Já estava perto do seu quarto, faltava pouco.
O seu quarto era o nº30, neste momento tinha passado pelo nº15.
Não parava de correr, naquele momento ouvia-se explosões que vinham de todas as direcções do barco.
- Estes tipos não brincam em serviço – pensou Robert enquanto corria para alcançar o seu quarto.
Ia contando as portas pelas quais passava.
- 23…24…25- Contava Robert já ofegante.
Já estava a ver a sua porta mas uma grande explosão saiu do quarto por onde estava a passar naquele momento.
O impacto da explosão impulsionou Robert no ar contra a parede.
Robert caiu no chão cheio de dores no corpo, a sua visão começou a turvar mas isso não o impediu de se levantar e prosseguir o caminho.
Robert ia cambaleando agarrado á parede, ainda estava atordoado, não estava á espera de uma explosão daquele tamanho.
As chamas agora avançavam na sua direcção a grande velocidade, reparando no chão via uma linha de gasolina que levava a porta do seu quarto e que prosseguia pelo resto do corredor.
Robert olhou para trás e desta vez as chamas ocupavam o corredor todo e avançavam para Robert a grande velocidade.
Robert não acreditava que aquilo estava a acontecer, porque razão estava aquilo a acontecer? Porque estavam atrás dele? E que grupo era aquele? – Tantas perguntas sem respostas – Pensou para ele.
Finalmente alcançara o seu quarto, abrindo a porta rapidamente e entrando a correr pelo quarto.
Varreu o quarto com os olhos e encontrou a mala no chão.
Agarrou nela e saiu do quarto a correr, segundos depois ele explodira.
Mas Robert ainda não estava a salvo, as chamas vinham na sua direcção rápido demais.
Pensou durante uns segundos e lembrou-se da arrecadação que havia ao fundo do corredor, tinha uma janela que dava para o exterior.
Correu para lá com o resto das forças que lhe sobravam mas parecia que não ia conseguir, o fogo cada vez se aproximava mais.
Acelerou mais um bocado e finalmente chegou a janela.
Era suficientemente grande para ele.
Partiu o vidro e passou por ela.
Não conseguiu evitar os cortes na pele mas o que interessava era sobreviver.
Saltou para o exterior cheio de feridas nos braços e as calças todas rasgadas.
A única hipótese que agora lhe restava era saltar do barco para a água.
Não pensou sequer duas vezes, meteu as mãos no ferro que o separava da água.
Impulsionou-se e saltou para fora do barco.
O choque com a água fria sentiu-se no corpo todo mas não podia se preocupar com isso, tinha de chegar a terra o mais rápido possível.
O barco seguia perto da margem, passado uns sete minutos a nadar já conseguia ver a terra.
A fadiga já fazia efeito mas Robert não podia desistir embora tivesse parado por uns minutos para descansar.
E foi quando viu ao longe uma enorme explosão, o barco finalmente tinha explodido numa imensidão de chamas.
Mas não podia se distrair.
Seguiu em frente alcançando finalmente a terra.
A chegar a terra deitou-se na areia, estava muito ofegante, mal conseguia respirar.
Puxou a mochila para si e ao abri-la não queria acreditar, o mapa não estava lá.

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