segunda-feira, 27 de setembro de 2010

o artefacto: a viagem, capitulo 6

Robert não queria acreditar, tinham lhe roubado o mapa.
E neste momento estava perdido no deserto á procura de uma pirâmide que continha dentro dela um objecto que se calhar nem existia.
Robert levantou-se do chão e olhou para o horizonte, tentou ver se conseguia identificar algo ao longe que lhe pudesse ajudar a progredir em frente.
Mas não encontrou nada, estava completamente perdido.
Naquele momento estava a pensar nas escassas hipóteses de sair com vida daquela situação e como sair dela.
Pensou em ficar parado e talvez algum viajante o encontrasse e o viesse ajudar mas as hipóteses eram muito pequenas, por isso decidiu começar a caminhar lentamente.
Foi buscar as suas armas á mala e meteu-as nas pernas, onde tinha o seu coldre para as guardar e as tirar se assim fosse necessário, e assim começou a sua caminhada.
Robert em cada passo que dava sentia que a morte estava cada vez mais próxima dele, pronta a leva-lo para outro sítio.
- Talvez vá para um sítio melhor – pensou Robert.
Continuava assim a sua caminhada, sem hesitar mas cada vez mais fraco, cada vez mais perto de desmaiar.
Tirou a sua mala dos ombros e foi buscar o cantil para beber a água que sobrava.
Não lhe restava muita portanto em dois golos ela desapareceu.
 De repente Robert começou a ouvir vozes que eram abafadas pelo vento, não conseguia identificar de onde provinham mas logo descobriu.
Mais á frente estava um acampamento improvisado pelos homens que tinham atacado Robert no barco.
Robert acocorou-se e tentou se aproximar do acampamento.
Olhou á sua volta mas não havia sitio para se esconder, estava no meio do deserto e só havia areia á sua volta.
Não podia se aproximar mais ou correria o risco de ser detectado, tinha de arranjar outra forma.
Então tirou os binóculos que tinha na sua mala e começou a observar o terreno em sua volta mais pormenorizadamente mas continuou sem a hipótese de avançar.
- Não posso correr o risco de ser visto, a minha vida depende disto – pensou ele.
Nesse momento apareceu um jipe em direcção ao acampamento improvisado e Robert teve de se deitar na areia para não ser detectado.
Quando já se podia levantar, Robert concentrou-se no jipe que tinha acabado de parar a frete das tendas.
De dentro do jipe saiu mais um homem com o mesmo aspecto do resto do grupo: com a cabeça rapada, um vestido branco até aos pés e tinha tambem um anel na sua mão esquerda.
Da parte de trás do jipe saíram mais dois homens só que estes tinham alguém preso entre eles, focou-se nessa pessoa e viu que era uma mulher.
Mas quem seria? E o que queriam dela? – Pensou mais uma vez Robert, que estava intrigado com aquela situação.
Mas aquela mulher mexia com a cabeça de Robert, não lhe era totalmente estranha mas não pensou nisso pois os homens levaram-na aos empurrões para dentro de uma das tendas e a partir dali nada mais conseguiu ver.
Robert estava indeciso quanto a se aproximar e tentar a resgatar, pois se ela estava ali com aqueles homens devia ter o Scion á mistura, mas tambem podia ser muito perigoso aproximar-se do local, afinal estava em inferioridade numérica e não sabia quantos mais homens estavam dentro das tendas.
Poderia meter muita coisa em risco, até mesmo a sua vida, concluindo assim o pensamento.
Mas as dúvidas depressa desapareceram quando um grito de dor vindo do acampamento rasgou o silêncio em redor de Robert.
E já sem duvidas mas com muitas perguntas, Robert sabia que tinha de agir antes que fosse tarde demais para a pessoa que ali estava aprisionada.